sexta-feira, 5 de maio de 2017

BAHIA DO SUL NOTÍCIAS: Especialistas em Sexualidade participam do I Simpó...

BAHIA DO SUL NOTÍCIAS: Especialistas em Sexualidade participam do I Simpó...: O I Simpósio de Psicologia da Faculdade de Ilhéus será realizado nos próximos dias 28 e 29 de abril e tratará sobre o tema “As Diversidade...

terça-feira, 25 de abril de 2017

Especialistas em Sexualidade participam do I Simpósio de Psicologia da Faculdade de Ilhéus

O I Simpósio de Psicologia da Faculdade de Ilhéus será realizado nos próximos dias 28 e 29 de abril e tratará sobre o tema “As Diversidades Sexuais”. O evento, que conta com o apoio do Conselho Regional de Psicologia, será aberto na noite de sexta-feira, às 19 horas, no auditório da faculdade, com palestra do professor e escritor Oswaldo Martins Rodrigues Júnior, psicólogo pela Universidade de São Marcos e mestre em Psicologia pela PUC – São Paulo. Oswaldo Rodrigues Júnior é psicoterapeuta sexual e de casais do Instituto Paulista de Sexualidade, já foi secretário-geral da Sociedade Mundial de Sexologia e já presidiu a Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. 
É o assessor de publicações da ALAMOC - Associação Latino-americana de Análise e Modificação de Comportamento e Terapia Cognitivo-Comportamental. Segundo informações do coordenador do curso de Psicologia, professor Paulo César Ribeiro Martins, o simpósio é aberto à participação de estudantes de qualquer instituição de ensino superior e de profissionais da área. Ainda na noite de abertura, haverá apresentação artística e palestra sobre “Discussão do sistema Conselho sobre Sexualidade, Gênero e Diversidade”, a ser feita pela psicóloga clínica e organizacional, Laura Almeida, especialista em Gestão de Pessoas e pós-graduanda em Terapia Cognitivo- Comportamental. 
A psicóloga atua na Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher através da Ong TamoJuntas, membro integrante do Núcleo de Estudos e Formação em Saúde [NEFES-FRB], auxiliar de pontes no Desabafo Social, colaboradora no Redes Vivas, projeto que tem objetivo de fortalecer as redes de Saúde e de Assistência; compõe o Grupo de Trabalho de Psicologia e Relações Raciais do Conselho Regional de Psicologia – Região Bahia (CRP-03) e é membro-adjunto da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia (CRP-03). É coidealizadora da Rede Dandaras, que tem o intuito de fortalecer o vínculo de saúde e cuidado entre as mulheres negras. Minicursos - No sábado, dia 29, acontecerão quatro minicursos, a partir das 8 horas. Um deles, com o professor Anderson Guimarães, sobre o tema “Conceitualizando gênero e sexualidade: a importância do tema para a Psicologia”.
 Anderson Guimarães é psicólogo conselheiro do XV Plenário do Conselho Regional de Psicologia da Bahia, mestre em estudos interdisciplinares sobre mulheres, gênero e feminismo e doutorando em psicologia social, ambos pela Universidade Federal da Bahia. Outro minicurso será com a professora Laura Almeida sobre “Promoção e prevenção da saúde sexual: população LGBT, pessoas com deficiência e questões raciais”. “Condutas sexuais em várias culturas” será tema do minicurso aplicado pelo professor Oswaldo Martins Rodrigues Júnior. A professora Carla Zeglio tratará do tema “Diversidade e relações familiares: práticas familiares hegemônicas e não hegemônicas”.
 Os minicursos ocorrerão até às 10 horas. Em seguida, haverá palestra sobre “Disfunções sexuais e diversidade”, com Carla Zeglio, psicóloga, especialista em Terapia Sexual, diretora e psicoterapeuta do Instituto Paulista de Sexualidade, e coordenadora do CEPES, curso de qualificação avançada em psicoterapia com enfoque na sexualidade. Após o intervalo para almoço, às 14 horas, o professor Ricardo Moura, psicólogo e coordenador do Grupo de Trabalho Psicologia, Sexualidade e Identidade de Gênero-GTPSIG, fará a palestra ”Normas para a atuação da Psicologia em relação a diversidade sexual e de gênero”. Em seguida, uma mesa redonda sobre “Desafios para a formação e atuação profissional da Psicologia: questões de gênero e sexualidades” reunirá os professores Fábio Bila, Ricardo Moura, Anderson Guimarães, Laura Almeida, Carla Zeglio e Oswaldo Rodrigues Júnior. Logo após, será feito encerramento do evento, que conta com o patrocínio da Terceira Via Formaturas e Eventos, Luciene Bolos e Pousada do Mar.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Fato e farsa!: Pornocracia da “Idade das trevas”: você conhece es...

Fato e farsa!: Pornocracia da “Idade das trevas”: você conhece es...: Alguns autores abordam muito este termo: “ Pornocracia ”, mas poucas pessoas sabem de onde ele vem e qual a sua historicidade. Se formos ana...

erça-feira, 13 de agosto de 2013

Pornocracia da “Idade das trevas”: você conhece este termo e esse período da história?

Alguns autores abordam muito este termo: “Pornocracia”, mas poucas pessoas sabem de onde ele vem e qual a sua historicidade. Se formos analisar a palavra como si, teremos os compostos “pornô” (que atiça a libido, a sexualidade) + “cracia” (governo). Ou seja, um governo sob a égide das regras da libertinagem, da sexualidade, ou a falta de qualquer tipo de regra social (o que não deve ser confundido com a anarquia, que é o governo sem instituições).

Enfim, hoje vamos conhecer um pouco deste período obscuro da história humana, que envolve a Idade Média, a Igreja católica e a governança dos seres humanos. A pornocracia não ficou relegada aos porões historiográficos, e é bem trabalhada por diversos autores que tentam remontar o período conhecido como “Idade das trevas” e, principalmente, aqueles que lidam com a história das religiões.


A Pornocracia é conhecida oficialmente como “Saeculum obscurum” (ou “Idade das trevas” em latim), um termo que designa um período da história do papado da Igreja que se estendeu da primeira metade do século 10, com a instalação do Papa Sérgio III, em 904, e terminou após a morte do Papa João XII, em 963. Alguns historiadores medievalistas afirmam que este período foi menor, tendo durado apenas 30 anos e terminado com 935, com o reinado do Papa João XI.

O período foi primeiramente identificado e nomeado pelo cardeal italiano e historiador eclesiástico César Barônio em seu “Annales ecclesiastici”, no século 16, cuja fonte primária foi de Liutprando de Cremona. O historiador Will Durant se refere ao período de 867-1049 como o ponto “mais baixo do papado” e um dos mais bizarros do catolicismo em toda sua história, mesmo séculos depois com a venda exagerada de indulgências e relíquias, que culminou na Reforma Protestante.


Algum tempo depois, outros estudiosos passaram a usar termos pejorativos para este período, como “Pornocracia” (originalmente vindo do alemão “Pornokratie”, ou “Governo das prostitutas”), ou ainda “Estado das meretrizes” (também originalmente vindo do alemão “Hurenregiment”), ambos inventados por teólogos protestantes no século 19 com o objetivo de atacar o catolicismo. Com o tempo, o termo “Pornocracia” ganhou o mundo, os livros e a linguagem da maior parte dos historiadores contemporâneos.

Mas, afinal de contas, o que aconteceu neste período?
Durante este período, os papas eram fortemente influenciados por uma poderosa família aristocrática, Theofilato e seus parentes e sob forte influência de mulheres – embora nem todas fossem prostitutas –, em especial Teodora e sua filha Marózia. A família Teofilato ocupava posições de importância crescente na nobreza romana; Teodora (mãe) e suas filhas, Teodora e Marozia tinham uma grande influência sobre a escolha do papa e dos assuntos religiosos em Roma, através de conspirações, negociatas e casamentos.

Durante a Idade Média a Igreja católica era a instituição mais poderosa do mundo ocidental, sendo que os reis e governos estavam abaixo dela e deveriam respeitá-la. Por isso, neste período, houve grande influência na compra, venda e negociação de títulos eclesiásticos. Não havendo seminários de formação como os de hoje (criados somente no século 16), rapazes de apenas 22 anos poderiam ser nomeados cardeais ou arcebispos graças às fortunas e influência de seus familiares.

De acordo com o que nos informa Liutprando de Cremona, durante a Pornocracia Marozia teria sido concubina do Papa Sérgio III, quando ela tinha 15 anos e mais tarde teve outros amantes e maridos. Ainda segundo ele, João X foi nomeado para o cargo por Teodora, Marozia tornou-se sua amante e mais tarde o assassinou através de seu marido, Guy da Toscana, para eleger seu favorito atual como o Papa Leão VI, que posteriormente também foi assassinado e substituído pelo filho de Marózia, como o Papa João XI.


É interessante pontuar que durante os séculos 15 e 16, Roma era conhecida como “a prostituta da Europa”. Havia vários bordéis e casas de banho especializadas em atender aos religiosos e peregrinos; desde prostituição heterossexual até prostituição homossexual. A venda de relíquias supostamente santas e a venda de indulgências para a construção do Complexo Vaticano que conhecemos hoje revoltou uma série de burgueses e religiosos do baixo clero, dentre eles Martinho Lutero, que graças a isso – e com outros objetivos variados – iniciou o movimento conhecido como Reforma Protestante.

Em seus relatos e de outras pessoas daquela época, Lutero cita que em Roma havia prostituição em todos os cantos; religiosos procuravam por dinheiro e a cidade “cheirava a sexo”. A luxúria explodia em bordéis extremamente luxuosos para altos cardeais, arcebispos e papas, ou pequenas casas para religiosos menores na hierarquia religiosa. A partir deste contexto que os alemães criaram a nomenclatura “Pornocracia”.

Também é justamente deste período entre 867 e 1049 que vemos o curioso caso da suposta Papisa Joana, reconhecidamente uma história inventada por iconoclastas para quebrantar a imagem da Igreja, instituição mais forte e poderosa da época.


Lista dos papas que governaram a Santa Sé durante a “Pornocracia”...
  • Papa Sérgio III, suposto amante de Marozia
  • Papa Anastácio III
  • Papa Lando
  • Papa João X, suposto amante de Teodora (a mãe), alegadamente morto por Marozia
  • Papa Leão VI
  • Papa Estêvão VII
  • Papa João XI, filho de Marozia com o Papa Sérgio III
  • Papa Leão VII
  • Papa Estêvão VIII
  • Papa Marinho II
  • Papa Agapito II
  • Papa João XII, neto de Marozia, por seu filho Alberico II de Spoleto

Conhecer esse período da história é interessante porque nos faz refletir uma série de modificações que ocorreram dentro da própria Igreja católica – como a Contrarreforma – além dos rompimentos e continuações da própria história da humanidade. Onde o homem está presente, também estão presentes luxúria, interesses, ciúmes, angústias, jogos de poder e de interesses etc.

Fato e farsa!: Tesão de vaca: fato ou farsa?! Uma das mais famosa...

Fato e farsa!: Tesão de vaca: fato ou farsa?! Uma das mais famosa...: Hoje nós vamos falar de uma lenda urbana extremamente popular nas últimas décadas, que não faz sucesso somente no Brasil, mas também em algu...

Tesão de vaca: fato ou farsa?! Uma das mais famosas lendas urbanas da história...

Hoje nós vamos falar de uma lenda urbana extremamente popular nas últimas décadas, que não faz sucesso somente no Brasil, mas também em alguns países da América Latina – tais como: Argentina, Chile, Colômbia e México. Trata-se do chamado “tesão de vaca”. Será que isso realmente existe, tem algum fundo de verdade, ou simplesmente é uma farsa total? É o que vamos descobrir na postagem de hoje.


Tesão de vaca é uma lenda urbana surgida nos anos 80 na Argentina, referente a um suposto composto químico que, ao ser colocado na bebida das mulheres, geralmente em noitadas em boates, faria com que tivessem sua libido aumentada a níveis extremamente altos e acima do normal, passando a ter, momentaneamente, uma vontade obsessiva de praticar sexo com quem quer que fosse.

De acordo com a lenda urbana, o tesão de vaca seria um medicamento de uso veterinário, proibido para humanos, que faria com que vacas, ovelhas e éguas tivessem a ovulação exacerbada no cio e aumentasse a vontade de ter o coito com o macho, facilitando a gravidez destes animais.


Aproveitando-se desta lenda urbana disseminada na América Latina, e mais recentemente nos Estados Unidos, diversas empresas produtoras de itens para sex shops produzem supostos afrodisíacos com o nome “tesão de vaca” em seus produtos a fim de chamar comércio e publicidade boca a boca. Entretanto, há muitos esclarecimentos que devem ser pontuados em relação a isso.

1º esclarecimento – Em 2007, uma página mantida pelo Ministério da Saúde do Brasil traz o relato de uma menina que alegou ter tomado tesão de vaca antes de ter perdido a virgindade, sendo que este teria sido ministrado misturado a um refrigerante de guaraná;
2º esclarecimento – Em uma petição à Câmara Municipal de Unaí, Minas Gerais, um vereador apresentou uma denúncia contra a diretora de uma escola municipal, e dentre os supostos fatos citados estava a intenção da mesma em colocar o tesão de vaca na bebida de uma professora;
3º esclarecimento – Em setembro de 2011, um menor foi internado em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, com a informação de que teria ingerido tal substância;
4º esclarecimento – Na Argentina há várias histórias envolvendo suposto uso de tesão de vaca contra jovens em boates, festas e escolas.


Mas há outro ponto que deve ser considerado. De acordo com zootécnicos de universidades federais em diversos sites e blogs esclarecedores, há medicamentos que fazem, sim, o serviço da ovulação da fêmea ser acelerado, mas isso é feito mediante aplicação – via injeção – de hormônios específicos e que demoram certo tempo para atuarem no sistema reprodutor. Entretanto, a história do tesão de vaca instantâneo através da ingestão de comprimidos não é válida, de acordo com os zootécnicos.

Portanto, o tesão de vaca pode até existir, mas não pode existir na forma como as lendas urbanas latinas o concebem: um comprimido “milagroso” colocado na bebida das mulheres em festas. Ele só faria efeito desejado após a aplicação coordenada dos hormônios. Entretanto, no Paraguai, a droga ecstasy é conhecido como tesão de vaca.


De um modo geral, podemos dizer que o tesão de vaca existe e não existe ao mesmo tempo. Existe porque há medicamentos específicos na forma de hormônios e injeções tratados durante um tempo; e não existe porque não há uma maneira de fazer a mulher ovular instantaneamente mediante o uso de comprimidos escondidos na bebida.