sábado, 31 de março de 2012

Farmacêuticos italianos ameaçam governo com "greve de Viagra"


Os funcionários que trabalham em hospitais protestam contra as medidas de austeridade do governo de Mario Mont
30/03/2012 - 12h26 | Marina Terra | Redação
“Vida dura para nós, nada de Viagra para vocês”. Esse é o lema dos protestos iniciados pelo sindicato dos farmacêuticos hospitalares italianos na cidade de Lazio e que se expandiu por toda a Itália. A categoria comunicou que, a partir de 30 de abril, deixará de fornecer o Viagra, medicamento utilizado para combater a disfunção erétil, caso o governo não atenda às reivindicações.

Wikicommons
Os trabalhadores reclamam que seus direitos não são equiparados aos dos outros farmacêuticos, principalmente no que diz respeito aos concursos para a abertura de cinco mil novas farmácias. "Nossa medida [de não distribuir Viagra] é uma provocação, obviamente. Não podemos bloquear a entrega de drogas anticancerígenas, por exemplo, mas podemos fazer isso com medicamentos que não são vitais para o paciente", disse àANSA Loredana Vasselli, diretora de uma famárcia hospitalar em Roma.

"Não entregar o Viagra serve para chamar a atenção e nos permite dizer que nos opomos à flexibilização e aos cortes no setor. As novas medidas estão permitindo a entrada de funcionários privados ao setor público", afirmou a farmacêutica.

Com a crise que assola a Itália, o governo técnico de Mario Monti tomou numerosas medidas de cortes de gastos públicos, inclusive em setores como o da Saúde e o da Educação. Monti substituiu Silvio Berlusconi em meados de novembro do ano passado para tentar recuperar aquela que é a terceira maior economia da zona do euro. 

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