terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Enfim, a emancipação masculina


O que é ser homem hoje? A boa notícia é que ninguém sabe

ELIANE BRUM
Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista (Foto: ÉPOCA)
Lembro de um evento psicanalítico ocorrido em Porto Alegre, anos atrás, sobre “Masculinidade”. De repente, apareceu um engenheiro por lá, adentrando o mundo dos psis. Ele queria entender, como homem, a sua falta de lugar no mundo. Não sei se conseguiu, mas sua presença foi um belo movimento para fora do território conhecido, onde as contas já não fechavam, rumo ao insondável. Ainda tateando sobre esse tema tão fascinante, penso que a melhor notícia para todos nós é a confusão sobre o lugar do homem. Sobre isso, Laerte Coutinho, entrevistado no Roda Viva(TV Cultura) de 20/2, fez uma grande observação: os homens nunca fizeram a revolução masculina.
Para começar, quem é Laerte? Se você não ouviu falar dele, está perdendo uma revolução encarnada numa pessoa. Antes, porém, é importante sublinhar que ele talvez seja o maior cartunista brasileiro. Para mim, é um gênio. E não é uma opinião solitária. Não aquele gênio banalizado dos manuais 171 vendidos nas livrarias, mas gênio mesmo, daqueles que nasce um a cada muitos e muitos e muitos anos. Só para recordar, são dele histórias em quadrinhos como “Piratas do Tietê” e personagens como Overman, Deus e Fagundes, o Puxa-Saco. A minha vida, pelo menos, seria mais pobre se eu não pudesse ler todo dia as tirinhas do Laerte publicadas na Folha de S. Paulo.
Em 2010, Laerte passou a se vestir de mulher – publicamente. Tipo ir à padaria de saia e meia-calça. Laerte se tornou ora ele, ora ela, ele/ela no mesmo corpo e na mesma cabeça. E, desde então, não para de dar entrevistas nas quais parte dos entrevistadores tenta, com certo grau de ansiedade, encaixá-lo/a em alguma definição. A novidade, no sentido libertador do novo, mesmo, é que Laerte se coloca para além das definições. Nem acho que cross-dresser (homem que gosta de se vestir de mulher – ou vice-versa – sem necessariamente ser gay) serve para enquadrá-lo/a. Acho que todos nós ganharíamos – “héteros, gays, bissexuais, transgêneros, travestis, transexuais, assexuais etc etc” – se abolíssemos a necessidade de caber em algum verbete. Seres humanos não são como aqueles jogos de montar para crianças pequenas, em que é preciso encaixar o retângulo no retângulo, o triângulo no triângulo e assim por diante. A única definição que vale a pena é justamente a indefinição. Sou aquele/a que é sem se dizer. Ou sou aquele/a que é sem precisar dizer o que é.
E essa é a novidade de Laerte, que é homem, é mulher, é masculino, é feminino e é também alguma coisa além ou aquém disso. Que se veste de mulher, mas fala e caminha como um homem. Que na infância gostava de costura e de futebol. Que vai jantar de saia e unhas vermelhas com uma namorada, mas pode também ter um namorado. Que enfia um pretinho básico sem se tornar efeminado. Que começa a entrevista de pernas cruzadas e, lá pelas tantas, se empolga e abre as pernas sem se importar que no meio delas more um pinto. Laerte é novo/a porque nos escapa. É um homem novo, mas também pode ser uma mulher nova.
Em janeiro, Laerte foi protagonista de uma polêmica ao ser repelido/a no banheiro feminino de uma pizzaria paulistana por uma cliente que se sentiu incomodada com sua ambígua figura. Surgiram então ideias esdrúxulas, como a de fazer um terceiro banheiro para os que não se enquadrariam nas definições tradicionais. Se o terceiro banheiro vingar, vou começar a frequentar os três, porque começo a achar uma afronta a exigência de que eu tenha de me definir para fazer xixi. Por agora, acho tão ultrapassado haver banheiros separados por qualquer coisa, que nem pretendo me estender nesse assunto. Era apenas para contar um pouco quem é Laerte para aqueles que ainda o/a estão perdendo. E desembarcar no tema que me interessa mais.


A certa altura da entrevista, ele/ela fez a seguinte observação: “Existiu a tal da revolução feminina, que é um dos marcos da humanidade. O que não aconteceu é a revolução masculina”. Laerte referia-se ao fato de que as mulheres já fizeram mil e uma rebeliões e continuam se batendo por aí. Marlene Dietrich, por exemplo, causou comoção por usar calças, mas isso em 1920! Quase um século depois, Laerte nos empapa de assombro por ir ao supermercado de saia. Isso diz alguma coisa, não?
Eu acho que não é nada fácil ser homem hoje em dia porque não se sabe o que seja isso. Mas, se essa dificuldade fez o engenheiro do primeiro parágrafo ousar se sentar na plateia de um seminário de psicanalistas para se entender, esta é também a melhor notícia possível para um homem. A princípio, os homens nunca precisaram fazer nenhuma revolução para conquistar direitos porque supostamente tinham todos eles garantidos desde sempre. Uma posição cômoda, mas apenas na aparência. Podiam fazer o que bem entendiam. Desde que fossem “homens”. E aí é que morava – e ainda mora, em muitos casos – a prisão. Podiam tudo, desde que fossem uma coisa só.
Ser forte e competitivo; sustentar a casa e a família; ter todas as respostas, muitas certezas e nenhuma dúvida; gostar de futebol e de vale-tudo; dar tapas nas costas do colega; falar bastante de mulher, mas jamais de intimidade; nunca demonstrar sensibilidades; dar mesada para a esposa; fazer o imposto de renda; resolver o problema do encanamento... Que peso incomensurável. Era isso ser homem por muitos séculos, sem falar nas guerras. E era preciso estar satisfeito com isso porque, afinal, você estava no topo da cadeia alimentar da espécie, ia reclamar do quê?
Acontece que, hoje, nenhuma das características citadas define o que é ser um homem. Assim como nenhuma característica – tradicional ou não – define o que é ser uma mulher. Do mesmo modo que a anatomia também não é mais capaz de definir o que é ser um homem e o que é ser uma mulher. E nem a escolha da carreira ou a posição na sociedade. Se há algo que define o que é ser um homem e o que é ser uma mulher, este algo está fora das palavras. E isso é o que torna Laerte fascinante: ele se apropriou da confusão e tornou-se a indefinição.
Graças às mulheres, e também aos homens que ousaram sair do armário (e aqui não me refiro somente à orientação sexual), os homens começam a autorizar-se a vagar sem rumo por aí, cada um do seu modo. Até porque não há caminhos já trilhados para seguir, já que não é mais possível apenas refazer os passos do pai ou do avô – nem é suficiente se contrapor totalmente a eles e segui-los pelo avesso. O que há são vidas a serem inventadas.
É claro que muitos homens se arrastam pelas ruas lamentando a perda de lugar. Sem saber o que fazer da existência nem de si, alguns arrotam alto ou espancam gays na tentativa pífia de mostrar que ainda sabem o que são. Perder o lugar e confundir-se não é fácil, não é mesmo. Mas é um espaço inédito de liberdade. É possível arrancar o terno de chumbo e descobrir que pele existe embaixo dele. E faz parte estar ainda em carne viva.
Acho que os homens alcançaram, finalmente, um começo de emancipação. E espero que as mulheres tenham a grandeza de estar à altura desses novos homens que começam a surgir. E enfiem a saudade do macho provedor na lata de material reciclável. Porque há muitas mulheres que ainda suspiram de nostalgia do macho provedor, mesmo se achando modernas e liberadas. Pode até ser que esse seja um bom arranjo para alguém, mas já não há garantias. Faz parte da jornada amorosa acolher a confusão dos homens que amamos porque tudo deve ser mesmo muito novo e muito assustador para eles.
Uma amiga contava, dias atrás, que seu marido passou uns tempos arrebatado pela agente do FBI da série americana “Fringe” (ótima, aliás!). Ocorre que Olivia Dunham, a dita agente, é uma loira linda, inteligente e destemida. E ocorre que o marido da minha amiga não estava encantado no sentido erótico convencional: ele não queria transar com Olivia Dunham, mas “ser” a agente do FBI.
Os leitores com menos imaginação e ainda presos ao velho mundo pensaram nesse instante: o cara é gay. Não, ele não é. Ele pode preferir transar com mulheres – e, no caso, faz minha amiga muito feliz – e se identificar com a agente Olivia Dunham como outros se identificam com os personagens sempre “muito machos” de Sylvester Stallone ou até com o Neymar. Há espaço para tudo. E para todos. Se podemos ter fantasias infinitas, para que se limitar, seja nós o que formos? Minha amiga, que é sábia, achou muito divertido. E, assim, teve a experiência de namorar Olívia Dunham algumas vezes. Ainda não é para qualquer um/a, mas que pena que não é.
Lembram da frase mítica? “Uma terra onde os homens são homens, e as mulheres são mulheres”. Ufa, o faroeste se foi e ninguém sabe bem o que é ser homem nem o que é ser mulher nos dias de hoje. E não, os homens também não são de Vênus, nem as mulheres de Marte. Ou será que era o contrário?
Se estivermos à altura do nosso tempo, descobriremos que há infinitas possibilidades – e não uma só – de sermos seja lá o que for. Como alguém disse no twitter: “Na vida, não limite-se. Laerte-se!”.
(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.) 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O desejo sexual - algo ainda incompreendido da nossa sexualidade

Segunda, 27 Fevereiro 2012 18:06

Escrito por  

O desejo sexual - algo ainda incompreendido da nossa sexualidade
Quando pensamos em desejo pelas atividades sexuais cada um de nós parece que tem sua compreensão do que é este desejo. E exatamente por isso que esta discussão pode ser complicada, inclusive para profissionais de saúde.
Os escritos científicos e acadêmicos aparecem com nomes diferentes ao longo do tempo e mesmo atualmente: libido, motivação sexual, apetite sexual, desejo sexual. Isto implica que cada estudioso que aborda esta questão parte de princícios filosóficos diferentes. Este aparente simples fator impede que estudos diferentes sejam comparados, numa mesma época, ou em épocas diferentes.
O desejo sexual é um esquema regulador que media as necessidades físicas, as individuais e as sociais, e por sua vez é regulado por estas instâncias.
O que chamamos de desejo sexual é aquele estado de sentido subjetivo, e que pode ser disparado por percepções internas (a exemplo de pensamentos, lembranças, sensações físicas ou emoções) e externas (estímulos que atingem os cinco sentidos), e este desejo pode conduzir a um comportamento sexual externo, mas nem sempre e ser diferente entre as pessoas.
Muitas pessoas e mesmo profissionais de saúde tentam compreender se existe mais ou menos desejo sexual questionando a frequência coital. O problema é que o número de vezes que alguém faz sexo não denota, necessariamente, a quantidade de desejo sexual. A frequência de atividades sexuais é dependente de muitas circunstâncias externas e sociais, interferindo nesta compreensão.
Existe um fundo biológico nesta discussão, mas o limite desta designação natural e biológica é a reprodução. Uma vez alcançada o desejo é destituído desta condição biológica. Isto talvez explique a diminuição drástica de motivação para sexo num casal pós terem filhos...
Então, para que o desejo sexual possa surgir, várias condições são necessárias, como integridade anatômica e fisiológica, equilíbrio psicossocial e situações com potencial erótico, em geral descritas como “um clima adequado”.
Nosso interesse através do consultório, no InPaSex, atentamos para a perspectiva psicológica. Assim consideramos os fatores mais importantes que afetam o desejo sexual: a ansiedade, a depressão, o estresse e fatores do relacionamento de casal.
Mas também podemos apontar vários indícios de como as pessoas sentem pouco desejo sexual:
1. Não aprenderam a perceber de forma adequada seus próprios níveis de excitação sexual fisiológica. A percepção da excitação, como sensação genital, está neles diminuída ou mal classificada.
2. Não aprenderam a facilitar a excitação em si mesmos.
3. Usam um conjunto limitado de indícios para definir uma situação como sexual.
4. Manejam um conjunto limitado de indícios para definir uma situação como sexual.
5. Têm expectativas limitadas quanto à própria capacidade de excitação.
6. Não percebem a si mesmos como muito sexuais.
E ainda precisamos considerar  que o desejo sexual apresenta diferenças de gênero: em geral os homens manifestam desejos sexuais mais intensos e frequentes do que as mulheres, o que se manifesta como maior atividade sexual. O desejo sexual masculino parece ser qualitativamente diferente do feminino em nossa cultura. O homem em geral busca um objeto sexual inespecífico para obter prazer orgásmico, ao passo que a mulher busca um objeto sexual específico, com o qual estabelece uma relação afetiva. Isto leva muitas vezes a que o homem finja afeto para obter o coito e que a mulher realize o coito para expressar afeto ou como recompensa pelos sentimentos afetivos manifestados (reais ou fingidos) pelo homem.
Assim o desejo sexual é um constructo multidimensional. O desejo se diferencia em desejo sexual com e sem parceiro. Estes dois aspectos servem para finalidades diferentes. Nosso grupo de pesquisas, o GEPIPS, se encontra pesquisando um instrumento avaliatório para compreender estas diferenças, e continuamos a coletar informações a partir de pessoas que respondem a um questionário, e assim podemos comparar e conhecer estas diferenças.
Compreender o desejo sexual é fundamental para o tratamento de problemas e disfunções sexuais. Muitos profissionais de saúde se esquecem deste importante fator e falham no tratamento das queixas sexuais masculinas e femininas.
O tratamento de problemas de desejo sexual é considerado como dos mais difíceis, em especial por demorar-se mais para ser superado, mas é viável e permite o estabelecimento de um relacionamento a dois de modo adequado e satisfatório.
Fonte: Dr. Oswaldo Rodrigues Jr.** Psicoterapeuta sexual e Diretor do InPaSex – Instituto Paulista de Sexualidade.

http://www.difusora1340.com.br/noticias/saude/item/504-o-desejo-sexual-algo-ainda-incompreendido-da-nossa-sexualidade.html

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Las filias de Paco Becerra


El estreno de su obra Grooming ha puesto a este joven dramaturgo en el punto de mira, tanto o más que a su director, el insigne José Luis Gómez, y a sus intérpretes, Antonio de la Torre y Nausicaa Bonnín. Él, encantado de dar la cara y de sentir que ya no le consideran un bicho raro.
Entrevista A.G.C.
Foto Miguel A. Fernández
24.02.2012
Lleva escribiendo obras de teatro desde los quince años, así que, con treinta y tres, no se considera ningún advenedizo. Por eso le molesta tanto que durante mucho tiempo le hayan rechazado en multitud de teatros por considerarle demasiado joven para estrenar una de sus funciones. "En España no te miran bien si pretendes estrenar y tienes menos de cuarenta. Un profesor de dramaturgia me dijo en su momento que hay que esperar a esa edad porque es cuando empiezas a producir material bueno. Luego me enteré de que él no había escrito ninguna función hasta esa edad...". No puede evitar ser irónico, y en este momento, con Grooming recién estrenada, hasta se lo puede permitir. "En países como Francia o Argentina hay dramaturgos de veintitantos que estrenan sus obras en grandes teatros. Aquí sigue siendo impensable". Ahora le hace hasta gracia que salas que hace unos años le rechazaban en base a su edad y su aspecto le empiecen a hacer encargos."Que un señor como José Luis Gómez hable maravillas de mí les ha hecho cambiar de opinión".
Este precoz autor, que desde el primer momento tuvo claro que lo suyo era el teatro, y que jamás se ha planteado escribir para cine o televisión, confiesa que llegó a sentirse un bicho raro. Pero no por ello se planteó abandonar su vocación. Menos aún cuando comenzó a ganar premios importantes, algo que no solo se tradujo en prestigio sino también en un empujón económico."Hasta ahora, que he empezado a ganar dinero gracias a mi trabajo, no había visto un duro. Salvo el de premios como el Nacional de Literatura Dramática y el Calderón de la Barca [que logró en 2009 por Dentro de la tierra]. Uno fueron veinte mil euros y el otro, diez mil. Mientras, seguía escribiendo en casa a diario. Y también haciendo otras cosas que no se pueden contar...".
Como curiosidad, sí se puede revelar que hizo sus pinitos como actor ("aunque hace diez años que no me presento a un casting"). Y que tuvo durante un tiempo su propio grupo musical, Hospital Provincial, que debutó en una de las fiestas de En Plan Travesti y se desvaneció tras su segunda actuación, en la que telonearon a Fangoria y a McNamara. Y que compone letras para su amiga La Prohibida, aunque de momento solo se ha editado una de sus colaboraciones, La química me ha dado lo que tú no me das"Las tres canciones mías que están publicadas oficialmente son historias de travestis", apuntilla. Aunque de momento, a Paco no le ha dado por escribir una función travesti. Todo puede llegar.
Quizá ni él mismo se imaginó que un día escribiría una obra sobre el ciber-acoso sexual a menores, también llamado como su función, Grooming. Supone su primer estreno oficial en Madrid y es el resultado de su deseo por investigar universos distintos con cada obra que crea. "Soy muy ambicioso escribiendo", asegura, "y procuro que cada obra no tenga nada que ver con la anterior. Si en una había siete personajes y siete espacios, en la siguiente me planteo que solo haya dos personajes y transcurra en un único espacio y en un día". Es el caso de Grooming, en donde nos encontramos con un hombre y una joven. Las intenciones de él están claras; las de ella iremos descubriéndolas a lo largo de la función. El espectador, privilegiado voyeur, se interesa, inevitablemente, por las perversiones que rigen el desarrollo de la obra. Las desviaciones sexuales, o parafilias, se convirtieron en uno de los ejes de investigación de Bezerra para escribirla. "No las conocía a nivel científico. Sí tengo amigos a los que les gustan los gordos, y si un hombre pesa menos de ciento veinte kilos no les atrae. Pero descubrí otras parafilias más poéticas, como la dacrifilia, en que uno solo se excita sexualmente viendo llorar a otra persona. Y el keraunofílico es el que se excita con la visión de rayos y truenos en el cielo..., ¡qué maravilla!". Alguna nos resulta menos sorprendente, como la albutofilia, cuando solo se experimenta placer sexual al acudir a servicios públicos."En los 60, la homosexualidad todavía era considerada una parafilia", apunta Paco. "Hoy día, gracias a Internet, muchos parafílicos que igual antes se sentían muy solos han encontrado a gente, tal vez a millones de kilómetros, como ellos. A los que los rayos se la ponen dura y demás".
Los personajes de Grooming se conocen vía chat, y su encuentro en un parque sirve para revelar sus intenciones y secretos. Cuando llegó la hora del estreno, Paco Bezerra no se sorprendió en absoluto del montaje. José Luis Gómez le invitó a formar parte del proceso desde sus inicios, hace casi un año. Y está encantado con lo que ha visto. "El texto es algo sórdido, pero José Luis ha jugado a lo contrario en la puesta en escena. Hay una poesía en las imágenes que contrasta con lo crudo de la historia. ¿Y qué poesía puede haber en comportamientos parafílicos?". La respuesta, en el teatro de la Abadía.
LA OBRA GROOMING SE REPRESENTA EN EL TEATRO DE LA ABADÍA (C/FERNÁNDEZ DE LOS RÍOS, 42) HASTA EL 11 DE MARZO. MÁS INFORMACIÓN EN WWW.TEATROABADIA.COM.

El sexo y la soltería a los 30


Por:  26 de febrero de 2012

Cuando tenía 20 años me imaginaba que ser soltera a los 30 sería un desastre. A esa edad el reloj corporal sonaría más fuerte y cada vez que tuviera relaciones sexuales me preguntaría si ese tipo podría ser un posible candidato para ser el padre de mis hijos. Ahora que los tengo, mi idea ha cambiado. Y mucho.
Venus O'Hara por Guy Moberly
Probando las bragas de Bridget Jones. Venus O'Hara por Guy Moberly
En aquel entonces, una de mis referencias del sexo y la soltería a los 30 era Sexo en Nueva York. Igual que Anne Cé, me enganché a la serie y vi todos los capítulos uno tras otro, además de las dos películas. Aunque lo encontré súper divertido e incluso rompedora por la época, creo que transmitía una imagen bastante negativa de la mujer soltera treintañera por varios motivos.
Primero, porque a pesar de que las cuatro protagonistas son mujeres profesionales y exitosas, parecen estar obsesionadas por encontrar su príncipe azul – todas salvo Samantha Jones. Luego, por la relación entre Carrie y Mr. Big, quien sinceramente, es bastante cabroncillo en el fondo. Durante las seis temporadas, vemos como se juntan y se separan y la decepciona continuamente. Cada vez que Carrie parece estar reconstruyendo su vida, de repente aparece Mr Big de nuevo y ella nunca lo puede resistir.
Carrie and Mr Big
Carrie y Mr Big de Sexo en Nueva York

Samantha era más mayor que las otras y buscaba sexo, no amor. Era mi personaje favorito principalmente por su integridad. Era sabia, segura de sí misma, muy divertida, pero a la vez, muy promiscua. A pesar de que parecía siempre tener control cuando ligaba, en la vida real creo que es triste que mucha gente considera que la liberación sexual sea igual a la promiscuidad.

Otra representación de la treintañera soltera era El diario de Bridget Jones.Igual que Sexo en Nueva York, encontré los libros y películas súper entretenidos a pesar que tenía el mismo mensaje: que todas estamos buscando el príncipe azul. Sin embargo, Bridget no era tan sofisticada como las cuatro neoyorquinas. Entre Bridget Jones y Samantha Jones, yo me quedo con Samantha.
Bridget-Jones-Diary
Renée Zellweger en El Diaro de Bridget Jones
Ahora, después de probar el sexo a los 30 y estar soltera, puedo decir que no es como imaginaba que sería. Me he dado cuenta que mi filosofía hacia la soltería ha cambiado. Y no soy la única: la gente está retrasando el matrimonio cada vez más, así que hay más solteros que nunca y no están vistos como gente rara. Es más, no todas las mujeres solteras de 30 años están pensando en el matrimonio y la maternidad.

Sigo sin escuchar el reloj corporal y desde luego no procuro provocarlo. Cada vez que tengo una cita, no estoy imaginando como sería nuestra boda ni los niños en absoluto. Por ahora, yo solo deseo disfrutar el momento.

He descubierto que el sexo a los 30 es mucho más satisfactorio de lo que podría haber imaginado cuando era más joven. Hay una serie de razones para esto, que vale la pena mencionar. A los 20, el sexo era más como un deporte extremo, con su énfasis en el rendimiento y las repeticiones. Ahora, en la treintena, el sexo es más variado ya que conocemos mejor nuestros cuerpos y el cuerpo del otro.

Además, ha sido documentado que el pico de la sexualidad femenina es entre las edades de 35 y 45. Esto significa que lo mejor todavía me espera y que aún no he vivido mis mejores orgasmos. Sin embargo, lo mejor es que ahora puedo salir con un universitario y no parecer su madre, o con un hombre más mayor y no parecer su hija.

Así que, si mi príncipe azul está leyendo esto, please no aparezcas en mi vida todavía. Quiero seguir divirtiéndome unos cuantos años más. Gracias.

http://blogs.elpais.com/eros/2012/02/el-sexo-y-la-solter%C3%ADa-a-los-30.html

5 coisas que você deve saber sobre Transtorno de Preferência Sexual


24/02/2012
O TPS, também conhecido como parafilia, é tema de entrevista com Carmita Helena Najjar Abdo, pesquisadora do IPq da USP sobre o tema.
1. O que é o Transtorno de Preferência Sexual ?
O Transtorno de Preferência Sexual (TPS), anteriormente conhecido como parafilia, é um trantorno caracterizado por preferências sexuais tidas como não “normais”. A sexualidade “normal” é simplesmente aquela onde há desejo por pessoas adultas, vivas e que vise o prazer ou reprodução.
Há transtorno quando o objeto de desejo – o parceiro – é alguém que não é adulto (pedofilia), por alguém que não está vivo (necrofilia) ou por animais (zoofilia).
Se a finalidade do ato sexual também não visa o prazer em primeiro lugar – busca-se a dor, a humilhação, o constrangimento, o estresse ou desconforto em linhas gerais – a TPS também está presente.
É bom lembrar que, para que essas práticas sejam definidas como Transtorno de Preferência Sexual, é preciso que os episódios sejam recorrentes e que o indivíduo não consiga expressar sua sexualidade de outra maneira. Nesses casos há dificuldade de estabelecer relacionamentos normais, ou seja, o indivíduo é refém da situação.
Episódios esporádicos não são considerados um transtorno de sexualidade, mas podem ocorrer devido a diversos outros motivos, incluindo outros tipos de transtornos mentais como ansiedade, depressão e outros.
2. Por quais razões a Transtorno de Preferência Sexual se desenvolve?
Até algum tempo atrás o TPS era visto como resultado de traumas, abusos ou episódios negativos na infância. Uma das teorias mais recentes aponta que é possível que indivíduos com TPS tenham alterações nas estruturas cerebrais e que isso independeria dos fatores ambientais.
A hipótese mais aceita atualmente indica que o TPS se desenvolve mais proenimentemente em pessoas com alterações nos neurotransmissores de serotonina no cérebro.

3. Como sei identificar se alguém está com este problema?
Esse tipo de transtorno vai se manifestar especialmente na juventude, onde há grandes alterações no cérebro devido ao crescimento. Os indivíduos com esse tipo de desejo fora do comum normalmente se isolam mais, falam pouco sobre sexo e acabam procurando profissões muito específicas para poder dar desdobramento aos seus desejos.
O isolamento é ainda mais comum naqueles com algum tipo de desejo fetichista (ligado à objetos e situações específicas). Outros podem ter problemas com a lei, pois seus objetos de desejo são mais explícitos e eles acabam sendo percebidos socialmente.
4. A Transtorno de Preferência Sexual tem tratamento?
Sim, mas na maioria dos casos depende do próprio indivíduo aceitar seu problema e procurar ajuda. O tratamento é feito com acompanhamento psicoterápico e precisa ser constante, já que há apenas o controle e não a reversão do TPS.
Além disso, o tratamento farmacológico também é feito paralelamente. Essa é outra dificuldade, pois depende da adesão do paciente.
5. A quem devo pedir ajuda/auxílio?
A um profissional de saúde mental – particular ou então em diversos CAPs e centros de atendimento mantidos por faculdades e universiade público e privadas – que poderá indicar também um psiquiatra para o acompanhamento farmacológico. Em São Paulo há ainda o Projeto de Sexualidade (ProSex), mantido pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP).
-
por Enio Rodrigo

Leia mais: http://www.oqueeutenho.com.br/21736/5-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-transtorno-de-preferencia-sexual.html

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Disfunção Eréctil: só 5% dos portugueses já tomou medicação


24/02/2012 - 08:36

Portugal é o país com menor taxa de utilização de medicação para a Disfunção Eréctil (DE): 95% dos homens afirmam nunca terem feito nenhum tratamento, um número muito superior aos 84% registados a nível mundial.

De acordo com um estudo mundial desenvolvido pela multinacional farmacêutica Eli Lilly, apenas 5% dos portugueses recorreram a medicação para tratarem a Disfunção Eréctil. A vergonha é uma das principais causas apontadas e afecta os homens um pouco por todo o mundo, avança comunicado de imprensa.


A Disfunção Eréctil é a disfunção sexual masculina com a maior taxa de prevalência - atinge 52% por cento dos homens entre os 40 e os 70 anos. Entre casos pontuais e permanentes, com origem física ou psicológica, calcula-se que cerca de 500 mil portugueses sofram desta doença.

A DE é vista como uma fonte de tensão para o relacionamento por 80% dos inquiridos. Na maioria dos países, esta tensão é mais sentida pelos homens do que pelas mulheres – a nível global, 83% dos homens sentem que a DE causa tensão na relação vs. 77% das mulheres.


Apesar da ansiedade gerada, dados globais revelam que só 16% dos homens utilizam medicamentos para a Disfunção Eréctil. O continente americano é o mais desinibido com os EUA, o México e o Canadá a apresentarem valores de adesão na ordem dos 23%, 22% e 22%, respectivamente. Entre os Europeus, cabe à Finlândia o melhor exemplo, com 20% de procura.
No caso dos Portugueses, sabe-se que 95% nunca tomaram medicação. Há, no entanto, uma excepção quando analisamos os dados por faixa etária: os inquiridos com mais de 60 anos apresentam uma taxa de utilização deste tipo de medicamentos na ordem dos 22%.

A vergonha parece ser a principal causa para a fraca adesão à medicação, um pouco por todo o mundo – 74% do total dos inquiridos assim o afirmaram –, pelo que não é de estranhar que 20% dos inquiridos confessem ter encomendado os seus medicamentos através da Internet. Depois da vergonha, a comodidade é a principal razão apontada para a aquisição online (sobretudo nos Países Nórdicos, Suíça, E.U.A. e Áustria), bem como a não necessidade de receita médica (razão apontada no México e no Canadá).


Também foram observadas grandes diferenças culturais na abertura para discutir questões de saúde ou desempenho sexual com o médico. Estas questões são discutidas mais abertamente com o médico no continente americano – México (38%), Canadá (31%) e E.U.A. (28%).


Para pesquisarem informações sobre questões de saúde sexual, os inquiridos usam geralmente a Internet (44%). Seguem-se os livros (23%) e as revistas com 20%. Os terapeutas, os médicos e os parceiros são os recursos menos utilizados para obter informações sobre questões de saúde sexual por parte dos inquiridos (médias globais de 2%, 10% e 12% respectivamente).

“Os números são reveladores e mostram que ainda há uma grande percentagem de homens com dificuldade em assumir e expor o problema da disfunção eréctil”, refere Jorge Rocha Mendes, presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia. “Não devem ter vergonha. Procurem ajuda junto do médico de família ou de um urologista. Apesar do estigma e da vergonha associados, hoje sabemos que é possível tratar com êxito quase todas as situações de disfunção eréctil. Os avanços registados nos últimos anos vieram facilitar o tratamento e, consequentemente, a vida dos homens que sofrem desta doença”, acrescenta.

What is Sensate Focus?


By Stacy Lloyd HERWriter

February 23, 2012 - 12:01pm

The Stanford School of Medicine said sensate focus therapy is an exercise for couples to enhance intimacy and alleviate anxiety related to sexual intercourse.
According to the University of California Santa Barbara (UCSB), sensate focus can treat problems such as female anorgasmia, erectile problems, and low sexual desire.
It can help both sexes who have difficulty becoming sexually excited and reaching orgasm.
The Independent reported that it was pioneered in the1970s by sex researchers Masters and Johnson.
The main tenet of sensate focus is a ban on sexual intercourse or any genital contact until performance anxiety and fear of failure have diminished and trust has been established, said the National Institutes of Health (NIH).
Stanford wrote in each session, couples should create a romantic setting and be completely undressed.
Discovery Health reported in the first stage, the couple takes turns touching each other, but breasts and genitals are off limits. The purpose is to establish an awareness of sensations by noticing textures, temperatures and contours while touching, or to simply be aware of the sensations of being touched by their partner.
Sexual intercourse and orgasms are not permitted during this stage, according to Stanford.
UCSB said this technique is designed to reduce anxieties about reaching orgasm by focusing more on what feels good to the couple. People often mistakenly believe the goal of sex is orgasm. When individuals get anxious about reaching that goal, they can miss out on the joys of simply being with their partner.
Discovery Health wrote in the next stage of sensate focus, couples can begin mutual touching. Intercourse is still off-limits, but breast and genital touching is allowed. Couples should concentrate on the sensations resulting from different pressures in different areas.
The next stages of sensate focus continue with mutual touching, said Discovery Health. Then move to the female-on-top position without attempting penile penetration into the vagina. After a session or two at this level, couples are usually comfortable enough to proceed to full intercourse without difficulty.
Stanford cautioned, if anxiety occurs, couples can return to previous stages until an appropriate comfort level is gained in order to attempt intercourse again.
Discovery Health said professionals generally agree there are various dynamics which account for the success of sensate focus. For one, the exercises are a form of invivo desensitization, where a feared situation is gradually mastered by breaking it into discrete steps that are experienced under safe conditions.
The Independent reported however, sensate focus isn’t a miracle cure. According to research, only about 30 percent of erectile problems and a small number of women with low sexual desire are helped by sensate focus.
Sources:
"Female Sexual Medicine - Women's Health - Stanford University School of Medicine." Women's Health - Stanford University School of Medicine. N.p., n.d. Web. 22 Feb. 2012.
http://womenshealth.stanford.edu/fsm/sensate_focus.html
"UCSB SexInfo Online - Sensate Focus." Welcome | Sociology. N.p., n.d. Web. 22 Feb. 2012.
http://www.soc.ucsb.edu/sexinfo/article/sensate-focus
Writers, DiscoveryHealth.com. "Discovery Health "Sensate Focus"." Discovery Health "Health Guides". N.p., n.d. Web. 22 Feb. 2012.http://health.howstuffworks.com/sexual-health/sexuality/sensate-focus-di...
Neustatter , Angela. "A very delicate matter: More couples are seeking sex therapy. But is satisfaction guaranteed? Angela Neustatter reports - Life & Style - The Independent." The Independent | News | UK and Worldwide News | Newspaper . N.p., n.d. Web. 22 Feb. 2012.
http://www.independent.co.uk/life-style/a-very-delicate-matter-more-coup...
"ABC of sexual health: Management of sexual problems." National Center for Biotechnology Information. N.p., n.d. Web. 22 Feb. 2012.http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1114344
Reviewed February 23, 2012
by Michele Blacksberg RN
Edited by Jody Smith