terça-feira, 11 de outubro de 2011

A sexualidade na infância e na adolescência – como devemos tratar (com eles) a questão


A sexualidade na infância e na adolescência 

– como devemos tratar (com eles) a questão 

– José Romero Nobre de Carvalho

Publicado por Redação em 29/09/2011 as 11:33
Arquivado em Opinião
A criança, ainda bebê, quando tem o corpo tocado, descobre diferentes sensações. As crianças passam por essa fase e nós, educadores e pais, temos que estar preparados para saber lidar bem com a questão. O sexo é parte importante de nossas vidas e, por isso, devemos encará-lo com naturalidade e com muita informação. Sendo assim, a família e a escola devem ajudar as crianças a construírem uma visão sem mitos e preconceitos.
Devemos oferecer às nossas crianças uma orientação acerca de sexualidade, com muito afeto.
A chave de tudo é o respeito. As crianças, até que ganhem confiança e afirmação, passam por fases que devem ser acompanhadas, porém devemos respeitá-las como seres individuais que estão em formação. Por isso, nós, educadores, sabemos que na escola não podemos ser cúmplices dos alunos nos comentários preconceituosos. Temos que buscar fortalecer as crianças que estão isoladas por terem comportamento diferente e procurar, com a classe, manter um debate franco sobre a necessidade de respeitarmos uns aos outros. Em casa, a família pode ajudar, deixando claro aos filhos os valores da masculinidade e da feminilidade e das diferenças.
A escola e a família devem estar abertas ao diálogo franco sobre gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Nas aulas de Ciências, oportunizamos aos nossos alunos (em faixa etária adequada), informações sobre métodos contraceptivos e riscos de DST. Enquanto as nossas crianças ainda não crescem, vamos evitar a exposição erótica de filmes, telenovelas e programas impróprios. Lembremo-nos sempre de que as crianças são como esponjas e absorvem e imitam o que veem. A erotização dos pequenos deve ser evitada. O melhor mesmo é que brinquem e aproveitem a infância. É importante salientar que nós, educadores e familiares, devemos ser a fonte de informação e de formação das crianças.
Tudo isso deve ser encarado por nós com muita naturalidade, pois faz parte do desenvolvimento de nossas crianças.
Pais e Educadores sempre querem as famosas dicas para conhecer melhor os filhos e alunos, no tocante às características do desenvolvimento da sexualidade na criança em sua respectiva faixa etária. Aí vão algumas dicas que certamente nos ajudarão um pouco mais a conhecer nossas crianças:
• De 3 a 6 anos: Nessa fase, as crianças reconhecem as diferenças entre os sexos, manipula os genitais, mostram interesse sobre a origem dos bebês e vivem no aprendizado dos papéis dos homens e das mulheres, “copiando” o modelo em casa. Querem usar as roupas e acessórios dos pais.
• De 6 a 9 anos: ocorrem brincadeiras sexuais consigo mesmo ou com crianças do mesmo sexo, sendo apenas curiosidade. Há um enorme interesse por assuntos sexuais e aumento das influências externas, como mídia, família e igreja.
• De 9 aos 11 anos: Interesse e atração pelo sexo oposto de forma platônica. Temos aí a fase da vergonha do corpo e aumento da atividade autoerótica. Nessa fase, aumenta e muito o interesse por assuntos relacionado ao sexo.
Vejam, tudo isso é normal, sadio e esperado. O que sempre precisamos é de estar próximos aos nossos filhos, sempre dispostos a ajudá-los. Saibam… Tudo isso é passageiro!
Que todos sejam felizes!
Sobre o autor
José Romero Nobre de Carvalho
Diretor-geral do COC Maceió. É educador com 28 anos de experiência, sendo 10 em gestão educacional. É mestre em Educação, pós-graduado em História, membro da Associação Brasileira de Psicopedagogia e da Associação Brasileira de Dislexia. Tem artigos publicados em revistas especializadas em educação (Conectada) e é autor de material didático do Sistema COC.

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