segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sexualidade na adolescência


por: Fernanda Rossi
Hoje no Programa Destaque apresentado por Fernanda Leone fui convidada a falar sobre a sexualidade na adolescência. Que é um tema sempre espinhoso para os pais. Falar de sexualidade pressupõe ter uma sexualidade bem definida e tranquila – saber quem sou, estar bem com meus conceitos e princípios, enfrentar com coragem meus tabus e assim por diante – conquistar isto não é fácil. E normalmente por estes temas serem dificies para os adultos manter uma conversa aberta com os filhos causa grandes problemas.
Filhos precisam de cuidados e conversar é um grande cuidado que os pais podem ter. Sexualidade não é só sexo, envolve descobrir quem sou, o que quero, penso, acredito e, também, meus prazeres, que envolvem desde gostar de um alimento até o sexo propriamente dito.
Quem conversa com os filhos, conta a eles de sua vida, de suas experiências, cria uma intimidade que possibilita falar deste assunto com naturalidade. Raramente os filhos vem perguntar do assunto, principalmente na adolescência – a vergonha não permite! Cabe, então, aos pais iniciarem tal conversa. Mostrarem-se atentos ao desenvolvimento, interesses e atividades deste filho. Esta atenção ajuda no cuidado, no orientar, no colocar limites e ajudá-los a entender o momento certo para cada coisa.
Conversar sobre sexo não os estimula a vivê-lo e sim a se conter. Pois se o púbere pode conversar com um adulto sobre o assunto irá tirar as dúvidas que tem, ser ouvido e isto o acalmará. Os estímulos vem dos hormônios, da TV, dos amigos, do meio em que ele vive. Não da conversa com os pais.
Aos pais cabe também ajuda-los nesta contenção, esperar que um adolescente de 15 anos fique sozinho em casa com a namorada e não viva a sexualidade é tampar o sol com a peneira. É hormônio para todo lado, se para um adulto é difcil se conter, quem dirá para um(a) adolescente!!!! Neste caso os pais precisam armar uma forma de que este casal de namorados seja protegido de seus instintos, não podendo ficar sozinhos em lugares que facilitem a relação. Isto é ser realista. Seja um tio, avós, amiga da mãe, não importa que adulto seja, mas alguém que possa ajudá-los a se controlar. Por mais responsável que um filho(a) seja se controlar dainte de quem está interessado é impossível, precisa de contenção, de uma familia que cuide.
A orientação que dou aos pais é que se os filhso estão namorando, conversem com o casal, orientem e se possível conversem também com a família da moça(o). Pois os dois são menores de idade e estão sobre os cuidados destas famílias, assim, precisam que a família cuide deles, não dá para esperar que eles saibam se cuidar. Quando as famílias combinam algumas condutas, permissões, que podem ir desde horário até locais de passeios, protegem os filhos de dores maiores no futuro. Não é proibir o namoro, mas ensiná-los a não viverem algo antes da hora.

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