segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Estudantes participam de projeto que combate gravidez na adolescência


Voltado aos estudantes na faixa etária dos 12 aos 17 anos, o projeto visa trabalhar a prevenção da sexualidade na adolescência.

    Da Redação
    Agência Pará de Notícias
    Atualizado em 25/10/2011 às 14:46

    “É divertido, mas estou aprendendo que não é a mesma coisa que brincar de boneca. Criança dá trabalho, exige responsabilidade. Tem que ter muito cuidado”, diz a estudante da 6ª série Tifany Ferreira, de 12 anos, enquanto alimenta um bebê de 1 ano e 3 meses. Tifany é uma das alunas inscritas no projeto “Amando e Educando”, desenvolvido pelas escolas estaduais Antônio Gomes Moreira Júnior e Ruy Paranatinga Barata, da 1ª USE- Unidade “Seduc na Escola”, do bairro de Val-de-Cães.
    A menina conta que não tinha ideia do quanto era difícil ter uma criança sob sua responsabilidade, ainda que supervisionada pelas professoras da creche. “Não sabia direito o que era ficar com uma criança, dar banho, tomar conta para ela não se machucar, dar comida. Não é fácil, estou aprendendo muito com isto, e agora sei que não quero passar por isso tão cedo”, afirma.
    A mesma opinião é compactuada pela estudante Thainá Souza, de 15 anos. “Ser mãe não é fácil. Estou refletindo e não gostaria de engravidar nova, sem ter condições de criar um bebê. É muito trabalho, despesa. Fora que eles (bebês) adoecem e só querem ficar com a mãe. Ainda pouco um vomitou em mim porque estava se sentindo mal. Fiquei toda suja. Esta parte da maternidade é difícil”, conta a menina tentando limpar a roupa.
    Projeto
    Voltado aos estudantes na faixa etária dos 12 aos 17 anos, o projeto visa resgatar junto à família, valores sociais no que diz respeito a educação sexual na adolescência, fazendo com que os jovens percebam por meio da prática, a importância e a responsabilidade exigida quando uma criança é gerada. “Visamos com este projeto, trabalhar a prevenção da sexualidade na adolescência. Atualmente, os jovens iniciam muito cedo sua atividade sexual e muitos acabam engravidando e iniciando famílias muitas vezes não desejadas, interferindo em todos os setores de sua vida, quer emocional ou social”, defende a professora Lucinete Albarado, gestora da USE-01.
    Antes de partirem para a prática, realizada nas creches “O Canto do Uirapuru” e “O Revoar das Andorinhas”, onde os adolescentes passarão três dias ajudando no cuidado com as crianças, eles assistiram a diversas palestras sobre gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis, que fazem parte da programação teórica do projeto.
    Fabianna Batista - Ascom Seduc

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