segunda-feira, 23 de maio de 2011

Viúvos praticam sexo de risco

Viúvos praticam sexo de risco

De acordo com pesquisa, 69% dos homens que perderam suas companheiras não usam camisinha em novos relacionamentos

Pâmela Oliveira

RIO - Sessenta e nove por cento dos viúvos brasileiros não usam preservativos na hora do sexo. Eles são os que menos usam o produto, de acordo com a pesquisa “Sexo e Segurança”, realizada pela Comissão de Sexologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), divulgada na semana passada durante o Congresso de Urologia, em Brasília.

“Os viúvos geralmente são mais velhos. E os mais velhos são os que têm maior resistência ao uso do preservativo”, afirma o coordenador do trabalho, Gerson Lopes.

A pesquisa, realizada com 2.100 pessoas com idades acima de 40 anos, mostra que quanto maior a longevidade, menor é o uso do preservativo. Setenta e quatro por cento dos homens na faixa etária entre 40 e 45 anos afirmam usar preservativos. Entre os que têm mais de 61, o índice cai para 48%.

“Eles temem perder a ereção na hora de colocar camisinha. Principalmente porque não foram habituados a usar preservativo nas relações sexuais, como ocorreu com os jovens. A partir dos 40 anos o risco de falha é maior e a falta de prática com a camisinha pode deixar o homem nervoso e aumentar o risco de perda de ereção”, afirma o médico.

O estudo mostra ainda que os homens solteiros com relacionamentos estáveis são os que mais usam preservativos no país. Apenas 14% deles não utilizam o produto. No estado do Rio, a médica cai para 7%.

Não são apenas os solteiros cariocas que têm índice de uso de camisinha mais alto do que a média. No Rio, o preservativo está mais presente na vida dos desquitados (74% usam) e dos viúvos (36% usam). A média nacional é, respectivamente, 71% e 31%.

Cariocas casados são os que menos usam camisinha
Já entre os casados, os moradores do Rio são os que menos usam preservativos, de acordo com a pesquisa. Enquanto a média nacional é de 61%. No estado fica na casa dos 43%.

“Existe uma certa dificuldade de se usar preservativo por conta do temor de se levantar suspeita de infidelidade”, afirma a socióloga Ívia Maksud, da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia).

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http://www.buscape.com.br/default_erro.asp

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