segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sexualidade é tabu no mundo corporativo

30/05/2011 -- 00h00
Sexualidade é tabu no mundo corporativo
Mesmo não existindo ''marcas'' que revelem se um profissional é heterossexual ou homossexual o assunto ainda é tabu no mundo corporativo. Uma pesquisa realizada pela Trabalhando.com - portal de recrutamento de Recursos Humanos - mostra que ainda existe preconceito na hora de contratar um homossexual.

Para Célia Liboni, coordenadora de RH da Labor, não existe preconceito declarado, mas que de forma indireta percebe-se que a questão comportamental acaba fazendo a diferença em algumas empresas.

Por outro lado, a gerente de RH da Capital Humanos Empregos, Ruth Hayashi, lembra que há empresas que preferem gays, principalmente as que trabalham com atendimento ao público, como callcenter, clínicas de estéticas, lojas etc.
30/05/2011 -- 00h00
Trabalho e sexualidade: relação mal resolvida
Mesmo não existindo 'marcas' que revelem se um profissional é heterossexual ou homossexual o assunto ainda é tabu no mundo corporativo


Está cada vez mais evidente as diversidade sexuais, sejam elas na escola, universidades, em casa, na rua, mas quando se fala dos homossexuais no mundo corporativo a situação muda de figura. Mesmo não existindo ''marcas'' que revelem se um profissional é heterossexual ou homossexual o assunto ainda é tabu no mundo corporativo. Uma pesquisa realizada pela Trabalhando.com - portal de recrutamento de Recursos Humanos - mostra que ainda existe preconceito na hora de contratar um homossexual.

Dos 400 entrevistados em nível nacional - homossexuais ou não - 54% acreditam que o preconceito existe apesar de não ser assumido. Há também os que afirmam que o preconceito ainda exista, mas que vem diminuindo com o passar dos anos (21%) e aqueles que digam que a discriminação depende do tipo de área e vaga desejada (22%); apenas 3% pensam que esse problema não exista mais.

Quando consultadas sobre o assunto, as 30 empresas - de médio e grande portes - que participaram da pesquisa de maneira anônima, afirmam que a escolha ou não de um homossexual para ocupar um cargo depende da posição e da área para as quais o candidato se inscreve (38%). Para 31%, o preconceito é velado, isto é, ele existe, mas não é assumido; já 25% pensam que a discriminação existe, mas menos constante do que há alguns anos e os 6% restantes dizem que não há preconceito dentro das empresas.

A gerente de Recursos Humanos, Ruth Hayashi, da Capital Humano Empregos, diz que a orientação sexual do candidato não é levada em conta na agência de emprego, mas admite que algumas empresas londrinenses são mais conservadoras. ''Selecionamos a pessoa pela qualificação e não pelo sexo. Não nos cabe avaliar a orientação sexual dela'', diz Ruth. ''As empresas não dizem: não quero homossexuais, mas percebemos que existe preconceito.'', diz ela.

Isso fica evidente, segundo Ruth, em razão de muitos candidatos qualificados serem dispensados, após entrevistas, sem motivo quando teriam todas as condições de assumir a função. ''É claro que a justificativa da recusa nunca se refere à orientação sexual, mas a gente percebe nas entrelinhas''. Por outro lado, a gerente lembra que há empresas que preferem gays, principalmente as que trabalham com atendimento ao público, como callcenter, clínicas de estéticas e lojas etc.

Para Célia Liboni, coordenadora de RH da Labor, não existe preconceito declarado, mas após a dispensa de alguns profissionais qualificados a agência entra em contato com a empresa para saber os motivos. ''Nesta conversa muitas vezes percebemos que a questão comportamental acaba sendo o motivo da dispensa'', diz Célia.

Vera Barão
Reportagem Local
http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--4485-20110530

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