segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Vai-Vem do Desejo na Gravidez

O Vai-Vem do Desejo na Gravidez
Por Carla Cecarello - Psicóloga e Sexóloga

Nessa fase, a libido se altera para a maioria das mulheres. As modificações geralmente ocorrem a cada trimestre.

1º Trimestre:
O desejo cai para 77% das mulheres.
Causas emocionais para a baixa da libido: ansiedade, insegurança, medo de perder o bebê. Ou rejeição à gravidez: ela culpa a si mesma ou ao parceiro por ter feito sexo e perde temporariamente o desejo.
Causas físicas para a baixa da libido: as primeiras alterações físicas pegam a mulher de surpresa e provocam incômodo na transa, como o aumento de sensibilidade nas mamas. Os toques nos seios às vezes causam dor. Ela prefere evitar as carícias e o sexo.

2º Trimestre:
O desejo aumenta para 81% das mulheres.
Causas emocionais para o aumento da libido: aumento da auto-estima. É o período de maior tranqüilidade na gravidez: ela já passou pela fase inicial, de dúvidas e incertezas sobre o bebê, e ainda não chegou à etapa final da gestação, em que as preocupações recomeçam pela proximidade do parto.
Causas físicas para o aumento da libido: acabaram os primeiros sintomas da gravidez, como os enjôos. Fase de grande lubrificação vaginal, o que torna a penetração mais prazerosa.

3º Trimestre:
O desejo diminui para 80% das mulheres.
Causas emocionais para a baixa da libido: há uma auto-imagem negativa. Pensamentos que atrapalham: “estou gorda”, “estou feia”, “não estou atraente o suficiente para o sexo”. A ansiedade e o medo do parto atrapalham, assim como algumas crenças equivocadas (acham que transar machucaria o bebê).
Causas físicas para a baixa da libido: o corpo está muito mudado: a barriga cresceu, a lubrificação vaginal diminuiu... Isso coloca empecilhos ao sexo vaginal, o que repercute negativamente no desejo.

Ser mãe e amante: é possível?
Por Ângela Regina Freitas da Silva - Psicóloga e Sexóloga do Projeto AmbSex

Quando a mulher engravida, a relação sexual entre o casal se torna “devagar, quase parando.” Esse fato pode ocorrer devido a preocupação por parte do homem de poder machucar o bebê durante a penetração e na transformação da amante em mãe que representa uma figura imaculada, pura, confundindo-o e em alguns casos fazendo-o perder o desejo pela parceira.

Com isso, ela se sente desvalorizada, não desejada, muitas vezes o seu próprio desejo é sufocado e, aos poucos, os amantes vão se distanciando. Não se consegue perceber que essa mãe também pode ser uma mulher cheia de desejos, vontades. A comunicação entre os parceiros deve ser sempre incentivada e se faz necessária uma adaptação às mudanças. A mulher sendo mãe e amante completa-se: são dois papéis distintos e existentes numa só pessoa e há posições possíveis para as relações sexuais durante a gravidez (exceto para uma gravidez de risco), que não irão machucar o bebê e deixará a parceira confortável. Portanto, os dois continuarão a ter uma relação prazerosa, sem culpa e certamente ficarão cada vez mais unidos.

No caso de a dificuldade persistir, é aconselhável a psicoterapia de casal com o objetivo de estimular o diálogo entre eles, além de dar apoio e segurança nessa etapa de suas vidas.

Fonte: http://projetoambsex.com.br

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