quarta-feira, 20 de abril de 2011

Os verbos do sexo Oito termos, transitivos, que dão as cartas quando o assunto é afeto e intimidade

Os verbos do sexo
Oito termos, transitivos, que dão as cartas quando o assunto é afeto e intimidade

Por Rodrigo Amorim
24/10/2008

Para quem sonha amar com frenesi, o primeiro recado: sexo vai além, muito além da genitalização. E as palavras, ou melhor, os verbos nos quais se baseia a relação, também contam. Na direção contrária ao movimento que prega orgasmo a todo custo, há quem defenda o sexo feito com calma, serenidade e, sobretudo, amor.

O sexólogo Pedro Jurberg, do Rio de Janeiro, faz parte desse time. Segundo ele, fazer sexo é bem menos complicado do que pode parecer. E muito mais prazeroso do que muitas experiências demonstram. "Em primeiro lugar, é preciso acabar com o preconceito de que relações duradouras estão fadadas a uma vida sexual medíocre. O tempo não elimina o sexo. É possível manter o interesse no parceiro mesmo com o passar dos anos", diz.

Para uma vida sexual ativa ao longo do tempo é necessário apenas entender as transformações pelas quais passamos. "É importante mudar a forma de entender a sexualidade. Pensar que é necessário que o sexo ique mais qualitativo do que quantitativo. Sexualidade não é só penetração e sim carinho, afeto", defende o sexólogo.

Sexo bom, portanto, é aquele em que há desejo, mas, fundamentalmente, aquele em que se conjugam os verbos amar, verbalizar, trocar, conhecer. A lista, claro, é bem extensa. Abaixo, segue uma breve explicação de oito verbos e o que eles podem fazer por uma relação. Ou melhor, como os parceiros podem se beneficiar com cada um deles.

Amar - No topo da lista e a explicação é quase óbvia: de onde virá prazer maior que de um sentimento recíproco, profundo e sincero? Diferente das sensações que a paixão desperta, o amor é duradouro.

Verbalizar - Dialógo é essencial. É a oportunidade de expor ao outro o que nos satisfaz e o que nos aflige. Falar é um dos melhores artifícios para manter uma boa relação.

Ouvir - O diálogo envolve duas vias: o falar e o ouvir. É preciso estar atento ao que diz o outro. É como iniciamos o processo lento mas possível de consertar desacordos e imperfeições de ambas as partes.

Conhecer - Toda relação exige dedicação, paciência, vontade. Conhecer o outro é ir além do que está aparente. É estar disposto a aceitar as qualidades, mas, também, as imperfeições, as idiossincrasias. Conhecer exige um eterno dedicar-se.

Trocar - Ato de dividir sucessos e angústias com o outro, a troca é essencial e precisa ser estimulada. É o que dá a segurança do afeto e a certeza de que é possível contar com o outro sempre. É que caminho para a confiança e um relacionamento saudável.

Brincar - Melhor maneira de estabelecer o desejo sexual. Isso exige intimidade, boa comunicação e uma vida saudável de todas as partes. Fantasias e erotismo são palavras que fazem parte desse processo.

Negar / permitir - Em uma relação saudável a escolha sobre preferências pessoais deve ser de pleno conhecimento para o casal. O que é negado ou permitido pode fazer a diferença para o estabelecimento da confiança. Mas os limites devem ser respeitados.

Beijar - Qual relação se estabelece sem um beijo agradável? Beijar é fundamental para a expressão do sentimento. Através do beijo é possível medir o grau de intimidade do casal.
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