quarta-feira, 20 de abril de 2011

Disfunção erétil também é assunto de mulher

20/04/2011 -- 16h57
Disfunção erétil também é assunto de mulher
A participação da companheira é fundamental para o sucesso do tratamento da dificuldade de ereção e da satisfação sexual do casal


Quem pensa que a Disfunção Erétil (DE) - dificuldade masculina de obter e/ou manter a ereção suficiente para um desempenho sexual satisfatório - é problema restrito ao universo masculino está muito enganado. A figura feminina exerce influência determinante no incentivo ao seu parceiro, no sentido de consultar o médico, descobrir as causas da DE e seguir o tratamento adequado.

Motivos para que elas participem não faltam. De acordo com o estudo Mosaico Brasil, mais de 50% dos brasileiros acima dos 40 anos têm algum grau de disfunção erétil. Esta estimativa preocupa, especialmente se o homem não puder contar com o apoio de sua parceira.

E nem sempre este apoio ocorre. Segundo Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do estudo Mosaico Brasil, a maioria das mulheres prefere não se envolver na decisão do parceiro usar ou não medicamento para tratar a DE. O estudo aponta ainda que quando questionadas sobre o que fariam se pudessem decidir se o parceiro deve ou não utilizar medicamento para ereção, 34,6% das entrevistadas declararam que esta é uma decisão exclusiva dele; 35% afirmaram não ter opinião definida; 21,1% apoiariam o uso deste tipo de medicamento, enquanto 9,3% não apoiariam.

Segundo Carmita Abdo, "São vários os motivos que levam as mulheres a agir assim. Algumas delas acham que o medicamento, e não elas próprias, estimulará sexualmente o homem. Há também aquelas que temem que o parceiro use o medicamento em outros relacionamentos".

As mulheres devem ser esclarecidas de que a DE está associada a uma série de problemas de saúde. Sua causa pode estar relacionada a questões orgânicas e/ou psíquicas, de intensidade leve a severa, o que reforça a importância do envolvimento da parceira no tratamento.

Para a psiquiatra, o apoio que a mulher pode conceder ao homem é o incentivo na busca por orientação médica. Até porque a DE pode preceder os sintomas e estar frequentemente associada a doenças como diabetes, hipertensão, colesterol alto, doenças cardiovasculares, doenças da próstata, depressão, ansiedade, entre outras.

A dificuldade de ereção tem tratamento. Inclusive portadores de insuficiência cardíaca, hipertensão e outras doenças relacionadas ao sistema cardiovascular podem fazer uso de medicamentos que favoreçam a ereção, como o Viagra, desde que orientados por seus médicos.

A psiquiatra alerta às mulheres para que entendam o que significa a disfunção erétil de seus parceiros e sejam mais participativas no incentivo ao tratamento não só da disfunção, mas especialmente da sua causa. Embora a DE acometa o homem, essa dificuldade influi na qualidade de vida e na satisfação sexual do casal.
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--124-20110420&tit=disfuncao+eretil+tambem+e+assunto+de+mulher

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